Segundo promotor, os suspeitos devem ficar cinco dias detidos na CPP.
Operação Biópsia investiga fraudes no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia.
Mais duas pessoas foram presas suspeitas de fazer parte do grupo que estaria desviando dinheiro do Hospital Araújo Jorge, na segunda-feira (27), em Goiânia. O Ministério Público mantém sigilo do nome desses suspeitos, que foram levados à Casa de Prisão Provisória (CPP). Desde o início da Operação Biópsia, em 7 de fevereiro último, oito suspeitos foram detidos pela Polícia Militar (PM), após investigação do Ministério Público Estadual (MPE).
De acordo com o MP, essas duas pessoas são prestadoras de serviço e ficarão presas por cinco dias. Eles dividirão cela com presos que aguardam julgamento pelo fato de não terem curso superior, que dá direito à cela especial.
Os suspeitos são particulares que, juntamente com membros da Associação de Combate ao Câncer (ACCG), falsificavam contratações com a finalidade de desviar e de se apropriar de verbas da ACCG", diz o promotor de Justiça Luís Guilherme Martinhão Gimene”.
De acordo com ele, as pessoas que foram presas na sexta-feira (24) e segunda-feira (27) trouxeram novos nomes de suspeitos. "Eles começaram a ser investigados e poderão ter suas prisões decretadas”, acrescenta.
Contabilidade
O promotor afirma que os documentos da contabilidade da ACCG, apreendidos durante a Operação Biópsia, no dia 7 de fevereiro, mostram que as contas fecham no azul todos os meses. “O que leva a associação para o vermelho são o desvio de verbas públicas e os supercontratos, que envolviam empresas montadas por médicos, que trabalhavam na ACCG”, diz.
Segundo as investigações, o montante desviado pode superar a casa dos R$ 5 milhões. Caso isso se confirme, os suspeitos poderão ser obrigados a devolver o dinheiro e mais pessoas poderão ser presas. “Visando isso, alguns integrantes da associação já tiveram seus bens indisponibilizados pela Justiça”, declara Luís Guilherme Gimenez.
Fraude
O Ministério Público concluiu, depois de seis meses de investigações, que um forte esquema de fraude seria operado pela Associação Goiana de Combate ao Câncer (ACCG), mantenedora do Hospital Araújo Jorge. De acordo com o MP, entre os suspeitos de integrarem o esquema estaria a ex-presidente da ACCG, Criseide de Castro.
Ainda segundo o MP, os suspeitos usariam notas fiscais frias para comprovar que estavam comprando remédios para quimioterapia. No dia 16 desse mês uma nova diretoria foi nomeada. Mesmo assim, pacientes têm sido dispensados por causa da falta de medicamentos.
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